Pedras no Caminho
Um poeta apaixonado sempre é um risco, ele já é exagerado por natureza, vê arte em tudo, vê vida até no inanimado, interpreta sem razão acontecimentos. É preciso ter cuidado, mas ele diz não perder o controle facilmente, apesar de desmontar-se frente à sorrisos. Um pequeno gesto é quase que uma declaração inteira para ele. Talvez ele não tenha medo dos riscos, ou isso faça parte dele, afinal se tudo der errado; vira aprendizado, tela, história, poema, conto. Mesmo que seja agora lúdico os pensamentos do romântico poeta, valerá à pena. O processo é importante, talvez mais importante do que o final e, para haver processo, é preciso deixar livre a imaginação. O imaginário não pode estar preso ao contexto criativo do outro, precisa estar preso ao propósito, motivo do imaginário continuo do sujeito. Isso não é um problema, afinal, já sabe que pode dar errado, mas não perde entusiasmo por isso; tenta, faz de tudo, se não der, já deu. Ele classificou isso como "pedras no caminho". Dizia ele: "Há uma porção delas, podem ser de que tamanho for, elas podem criar forma à partir de você, há sem dúvidas obstáculos, mas isso não vence o esforço. É preciso lidar com os percalços, mas não pare além do suficiente afim de lidar com eles. Algumas coisas vão se encaixando a medida que a obra maior amadurece dentro da gente. O mundo de hoje, emudeceu-se, é preciso bons poetas, afim de desconstruir a dureza do que existe dentro deles, por isso, me motivo e sempre olho em frente não importando o barulho das críticas, pois compreendo ser fácil julgar um obra incompleta, os apressados não conseguem esperar tempo suficiente até ela estar pronta. Mas é um primor esperar, certas coisas valem a pena. Pense nisso!
Att,
Eduardo Mendes
e-mail: eduardo@edumendesgo.com.br
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