Poesia: Birra adulta


Na minha birra profunda, quis fazer este dia sem fim, 
Pensei comigo:
Existe tanta maldade agora, então melhor ficar por aqui, 
Enquanto nos resta alguma reserva de amor, carinho e pudor.
O amanhã é incerto, distante e sem sol 
Prefiro o calor permanente, 
Faço birra, 
Na teimosia obstinada em ficar por aqui, 
Tudo isso para sustentar à vontade de fazer-me eterno,
Não gosto de incertezas, quero abraçar o que já existe longamente,
Talvez por medo, fraqueza ou acumulo de renitência, 
Luto para ficar aqui, pelo que já existe, 
Não quero cair na pecha do racional, e ser horrorosamente implicante, 
Talvez precise de socorro e Fé, 
Dizem que através dela, não precisarei conservar medo do amanhã, afinal, à estes, tudo já existe na convicção. 
É isso que os de Fé vivem declarando: 
Não é preciso temor. 

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