Ditadura branca

O mundo se torna cada vez mais acéfalo, cruel e as pessoas cada vez mais impiedosas e desinteressadas, falta-lhes mais que empatia, falta-lhes amor e  coragem para encarar o interior sem cor. E há poucos correndo atrás da cura destas mazelas, a maioria quer criar o horror, usando causas boas e justas para promover injustiça.Estão criando o certo e errado a partir de suas próprias convicções, experiências e interesses, na esmagadora maioria às ideias já nascem partidariamente comprometidas, apaixonadas e apegadas. Fazendo de algumas causas sua vida, e assim, vivem uma vida sem causa. Mas vale dizer que nem toda causa é ruim, mas se ela existe apenas em função da audiência ou do interesse político que dela se extrai, é no fundo narcisista, egocêntrica e doente. Há quem use até a tragédia histórica de segregação para dar sentido às suas manobras políticas-partidárias e aos seus interesses pessoais. Mas existe racismo? Sim claro! E é praticado por todo canto por gente mesquinha e burra. Mas o que poucos dizem, e o que continua à existir é a exploração deste; só que com mais refinamento: dizendo-se defender, acabam por difundir, dizendo-se do bem, fazem o mal, dizendo-se unir acabam por dividir. Os proselitistas de plantão querem adeptos, querem convertidos determinados tal qual são, mas nem todo mundo gosta de explorar a dor do outro para buscar audiência, e chateados pela falta de resposta, tacham-os de racistas, covardes, misóginos e mesquinhos. O que muitos por falta de autocrítica e excesso de confiança não percebem e que estão sendo exatamente aquilo que dizem ser o outro. Precisamos entender que as coisas do interior são mais nobres e importantes e que não se curvam ao determinismo cuja lealdade é estrita à ideologia. Nada de ditadura branca, por favor! O tom da pele é o menos importante diante de um interior cheio de amor. 

Trouxe algumas reflexões que estão dentro do texto e que estão logo abaixo, mas não tenho a menor pretensão de agradar todos, nem de longe conseguiria tal feito, mas mesmo assim isso não me impede de amar você. 

1- É preciso pensar no outro e não usá-lo como uma peça ou objeto; 
2- Não podemos usar causas justas para promover injustiça;
3- A verdade não é uma construção social, por mais que eu seja “fazedor de cultura”, a palavra de Deus é o padrão; 
4- Experiências, convicções e interesses todo mundo tem, mas é preciso ter autocrítica, nem todo mundo tem razão o tempo todo. 
5- Defender dignamente uma causa minoritária projetando não os benefícios da causa em si, mas os meus, não faz de mim alguém moralmente superior; 
6- Todo o tipo de preconceito nasceu de um coração doente e de uma mente pouco inteligente; 
7- É terrível perceber que alguns continuam a explorar a dor do outro para obter vantagem; 
8- É mais fácil tachar o outro daquilo que se é, muitas vezes não é um julgamento do outro, mas um espelho; 
9- Ter confiança nunca será um problema, mas o excesso dela pode ser um perigo; 
10- Para Deus somos filhos, e ele não se relaciona por preferência, nos ama igualmente; 
11- Podemos pensar diferente, mas meu amor não acaba quando termina a concordância, a falta de concordância é o exercício dele.


Att, 

Eduardo Mendes 



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