Continue cavando
Na fazenda, tínhamos uma cisterna próximo à casa. Ela abastecia a residência o ano todo, mas dependendo da ausência de chuvas e o clima seco, ela podia secar. Quando isso ocorria, meu pai descia em uma corda até o fundo, e nas suas mãos: um balde e pá. E para que? Para dar fundo na cisterna, e assim, buscar água mais fundo. E quanto mais ele cavava, mais água saia. De pouco à pouco, íamos retirando a terra e o barro. Um exercício árduo, mas proveitoso. E logo, do fundo daquele poço, saia água abundante e pura.
O que eu aprendo com isso?
Vou tentar explicar: não podemos desistir de algo só porque parou de funcionar, e nem deixar uma fonte porque ela secou. Não foi a fonte que ficou ruim, foi tempo difícil que a castigou. Há pessoas abandonando a fonte em função de algo temporal, circunstancial e passageiro.
O caminho para trazer água não é cavando em outro lugar, é descendendo até o fundo, indo até o lugar que deixou de funcionar.
Não culpe a fonte, ore para ter braços fortes, uma corda, balde e uma pá.
Eduardo Mendes
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