Sobre Boas Intenções

Certo dia um velho sábio entregou uma rosa a cada um dos seus discípulos, era o dia de falar sobre boas intenções. O velho termina a entrega. Os jovens atentos se assetaram, ele coloca mais lenha na fogueira, aquela conversa parecia que iria durar muito tempo. Então o ancião diz: "Vejam as flores que eu lhes dei, elas representam a sorte e o amor". Alguns chegam mais próximos enquanto o velho acha um lugar para se assentar. "A vida de um homem precisa destes dois atributos, amando vocês atrairão sorte para seu caminho. As rosas possuem espinhos, o irracional pode até acha-ás grosseiras, mas o racional não, pois vê com sensibilidade. O racional até percebe que há espinhos, mas ele sabe a maneira certa de toca-lá, ele vê as pétalas, o irracional vê apenas mais uma flor, o racional vê mais uma manifestação divina. O coração dele esta cheio de boas intenções. O homem de intenções seguras planta o espinho, o irracional deixa-se ferir com ele e o joga fora, tolo, pois não sabe trabalhar com suas emoções, primeiro eu enterro os espinhos para se nascer rosas, estes querem resultados imediatos, desprezam sentimentos e o tempo, por isso não colhem resultado algum pois sufocam a sí mesmos. E preciso saber que se enterra o imperfeito, para o nascimento da perfeição, claro que para tanto é preciso se regar o plantio com; misericórdia, com perdão, com gratidão e paciência. Virtudes que transformam espinhos em rosas. Façam isso! Ninguém nasce pronto, mas nasce apto a aprender. O desafio é enterrar espinhos e transforma-los em vida. Isso não é uma questão de sorte, mas sim de escolhas, de se ter boas intenções. Afinal, pensemos nas rosas e esqueçamos os espinhos dessa vida." Todos ficam em silêncio, o velho se levanta já é quase de manhã, então alguém pergunta. "Onde o senhor vai?" O velho retira um livro do bolso e diz: "Vou regar mais alguns espinhos".




Eduardo Mendes

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