Devocionais: Deus não é tudo, mas está em tudo
Deus não é tudo, mas está em tudo. Alguns dizem conhecer Deus partindo do pressuposto simbológico, este, por sua vez não tem a obrigação de ser nada, apenas dar testemunho de algo pré-existente, e assim, ajudar a construir alguma percepção naquilo que Deus quis se revelar. Apego às simbologias traz prejuízo dos maiores, e não é de hoje, foi assim com Israel no deserto, quando o povo estava perto do golfo de Aqaba, local de serpentes e escorpiões, estes, atacavam a todo instante, o povo insubmisso fez com que Deus permitisse que elas viessem em maior número para ofender Israel, mas quando o povo se arrepende, Deus manda livramento. Ele pede a Moisés que construa uma serpente de metal e coloque-a numa aste alta, e quem olhasse para a serpente de metal seria livre do veneno fatal, (Num 21:7,8,9). O povo foi curado, Deus usou a serpente como símbolo e não como mediadora, mas o povo insistiu na ideia da serpente curadora e a transformou anos depois em Neustã, deusa de metal, ídolo que foi destruído por Ezequias (2 Reis 18:4). Jesus usa este aspecto simbológico para expressar o poder e a vontade de Deus:
"E do modo que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o filho do homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna"João 3:14
Isso contrasta com a serpente que levou Adão a pecar, pois toda humanidade ali fora atingida pela morte. Mas agora, quando olhamos para Cristo, pela fé recebemos vida.
O povo de Israel, arrependeu-se, encontrou cura, restauração na sua saúde e foi favorecido pelo Senhor. Sempre que um pecador se arrepende e confessa seu pecado ele recebe graça de Deus, como está escrito:
"Se confessarmos nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os nossos pecados" 1 Jo 1:9
Mas e o símbolo? Uma pena ver tanta gente boa sendo enganada, não sei bem se por carência ou por preguiça, talvez um pouco das duas coisas. A carência se explica: todos querem ter algo para que possam apoiar-se, mesmo sob o risco do símbolo não corresponder à nenhum vínculo prático e real. Nada é tão perigoso como um aceno falso, é preciso ter cuidado. Mas pode ser que não seja carência ou qualquer tipo de falta que venha a ser preenchida por anseios e simbologias. Nos resta pensar que é preguiça mesmo, pode ser que alguns queiram encarar a relação com Deus de forma simbólica e superficial. Um simbolismo que afeta o relacionamento, crescimento e priva-nos da intimidade. Que afasta-nos da consciência do seu amor, paternidade e revelação.
Não faça de um símbolo, uma religião, um dogma, um deus. Não coloque sua devoção em coisas e nem mesmo pessoas, elas podem falhar e levar junto sua esperança, portanto, fixe os olhos em Jesus. No deserto, Deus mandou Moisés levantar um símbolo para declarar seu poder e manifestar sua glória sobre tudo, mas na Nova Aliança ele levanta um FILHO que resolve por definitivo toda ofensa. Há pessoas apegadas e apaixonadas, algumas, até devotas em simbologias, sem nunca terem tido uma experiência pessoal com Deus. Você pode tê-la através de Cristo Jesus.
Nele,
Eduardo Mendes
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