Sendo apenas menino!
As vezes tenho saudade do tempo
de menino, das tardes nas fazendas, das
boas conversas, de olhar o sol indo
junto com algumas nuvens. Saudade de mergulhar em um bom cobertor, fazer
bagunça, rir bastante até o fôlego acabar, de comer frutas no quintal e me
divertir contando historias engraçadas, a maioria uma grande invenção. Quando
eu era menino existiam menos responsabilidades, somente algumas tarefas. Vez ou
outra, podia até receber algum sermão por não executá-las, ficava meio emburrado,
mas logo passava. Ah quando eu era menino! Os pés descalços correndo pelo
gramado, às vezes não tão limpos, mas na essência; puros! Hoje as responsabilidades são maiores,
afinal, meninos “crescem” viram adultos. As boas conversas viraram episódios,
meninices foram deixadas de lado. O menino ainda grita por dentro, mas preso
pelos compromissos, pelas tarefas, pelos afazeres. O menino que aprendeu a amar
sem se preocupar, agora tem que lidar com frustrações, pode ser decepcionado e às
vezes sair ferido. Hoje o que doí, doí, sem alivio! Não tem remédio, tem
enfrentamento, coragem e determinação para continuar e tentar mais uma vez. As
vezes a saudade bate na porta, lembranças surgem de momentos que poderiam ter
sido melhor aproveitados, quantas pessoas poderíamos ter valorizado mais.
Quantas tardes renunciamos, quantos abraços deixamos de dar, quanta atenção
deixamos de oferecer por falta de tempo. Porque deixamos pessoas como este menino partir sem despedida? O que
penso é que ser grande cansa demais! E as vezes à única vontade que tenho é
voltar. Fazer tudo outra vez, começar de novo.
Como homem digo; seria bom demais resgatar este menino.
Att,
Eduardo Mendes
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