Respostas

Já procurei respostas para felicidade em vários lugares dizia uma jovem a um velho ancião. E quanto mais à busco, quanto mais caminho, mais longe parece que estou, pode me explicar como pode ser isto? O velho então sorri e diz;

“Um dia fiz essa mesma pergunta. Pensei que na religião encontraria uma resposta, só me confundi mais ainda, muitos deuses, mas nenhum deles tinha o que eu buscava, o que minha alma precisava. Também procurei vários sábios da minha época todos me encheram de suas teorias, mas nenhum conseguiu me mostrar o caminho, até que um dia desiludido estava voltando para casa, de longe um homem então me chamou, já era principio da noite, eu não o via direito, perguntei de longe o que ele queria, aquele lugar não era seguro, ele insistiu e eu fui, o cumprimentei de longe, ele pediu para que eu me aproximasse, cheguei um pouco mais próximo, ele estendeu a mão colocou um papel em minhas mãos e disse; “Não seja covarde! Não se pode buscar algo se tem medo de o achar. Você tem medo de o que procura mude sua vida, por isso esta desistindo de procurar, isso seria como desistir de você mesmo. Se você saiu em busca da felicidade, não volte para casa sozinho, tenho certeza que irá encontrá-la. Acredite em você mesmo, e talvez, o que procura poderá estar mais perto que imagina. Apenas tenha esperança, e, quem sabe o que procura também possa estar atrás de você.

“Aprendi uma coisa, disse o velho se dirigindo a moça que ainda o ouvia; a felicidade é preciosa demais para estar atrás de argumentos religiosos, simples demais para que uma teoria possa decifrá-la. Não depende de posições, depende de se posicionar, não depende de conquistas, mas está em se conquistar, não depende de caminhos ela é o caminho.

Depois da conversa com aquele Desconhecido sai de lá pensando no que ele havia me dito, o que eu procurava, estava próximo demais para eu a perceber, estava na simplicidade de uma boa conversa, no olhar meigo e amigo, estava em ouvir, em entender, em fazer “algo” sem querer nada em troca, estava em amar sem perguntar o porquê.

Eu ainda guardo o papel que aquele homem me deu naquele dia, é uma escrita antiga em aramaico bíblico que diz; “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca perece”...

Procure...procure... até se encontrar....


Abraço

Eduardo Mendes




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